Aula nº7

          ⇒ Forças resistentes ao movimento


Forças de atrito

  • As forças de atrito atuam na superfície de contacto entre os corpos e opõem-se ao movimento.

Estas forças resultam da interação entre as superfícies em contacto. Estas superfícies, embora possam parecer lisas, são microscopicamente rugosas, o que aumenta a sua aderência ou atrito.

 

As forças de atrito devem-se a interações microscópicas que ocorrem entre as superfícies de contacto.

  • As forças de atrito também dependem da intensidade da força de reação normal.

A força de atrito é uma força que se opõe ao deslizamento ou à tendência para esse movimento e que resulta da interação do corpo com a superfície em contacto.

Por mais polida que uma superfície seja, existem sempre pequenas irregularidades. Em parte, são estas irregularidades as responsáveis pela resistência ao movimento relativo entre superfícies.

Durante o movimento:

motociclista na mota – Há forças que se opõem ao movimento, na superfície de contacto com o solo e com o ar.

balão de ar quente – Há forças que se opõem ao movimento, na superfície de contacto com o ar.

nadador – Há forças que se opõem ao movimento, na superfície de contacto com a água e com o ar.

  • Por que motivo um caixote não desliza logo que se exerce uma força?

Logo que se exerce uma força no caixote, surge uma força oposta e com igual intensidade.

Num objeto em deslizamento, a força de atrito (Fa) tem a mesma direção do movimento, mas no sentido oposto.

Então, Fr = 0 N ⇒ O caixote continua em repouso

A força que surge com sentido oposto ao da força aplicada no caixote, F,  designa-se por força de atrito, Fa.

Resulta da interação das superfícies em contacto  e, neste caso,  impede o movimento do caixote.

Representa-se sempre por um vetor com sentido oposto ao do deslizamento.

Como é a força de atrito – A  intensidade da força de atrito aumenta à medida que aumenta a intensidade da força aplicada no caixote.

  • Quando é que o caixote começa a deslizar?

O deslizamento inicia-se no momento em que a intensidade da força aplicada é superior à da força de atrito.

A força resultante,  Fr, passa a ser diferente de zero.

  • O que acontece quando deixa de ser exercida força no caixote?

Ao deixar de se exercer força no caixote, a força de atrito continua a existir enquanto houver movimento.

A força resultante é a força de atrito.

A força de atrito acaba por parar o caixote.

De que depende a intensidade da força de atrito?

A força que se opõe ao deslizamento, a força de atrito, é:

menor quando as superfícies em contacto são polidas (lisas) — é o caso dos patins e do gelo;

maior quando as superfícies em contacto são rugosas — é o caso dos pneus e da estrada.

  • Superfície com tampo de vidro polido

A força mínima necessária para deslocar o bloco é menor.

  • Superfície revestida com lixa rugosa

A força mínima necessária para deslocar o bloco é maior.

Superfícies de contacto mais rugosasMaior intensidade da força de atrito

  • Em qual dos casos a força de atrito será maior?

Menor pesoA força mínima necessária para deslocar o bloco é menor. (F1)

Maior peso A força mínima necessária para deslocar o bloco é maior. (F2)

  • Quanto maior é a força de reação normal, maior é a intensidade da força de atrito.

Maior peso do corpo que se move Maior intensidade da força de atrito

A força mínima necessária para deslocar os blocos com o mesmo peso, mas com áreas diferentes da superfície de contacto, é igual nos três casos.

A intensidade da força de atritoNão depende da área da superfície de contacto

Forças de atrito

A existência da força de atrito pode ser…

  • uma vantagem…

Permite iniciar o movimento

Facilita a travagem

Impede que os objetos caiam das nossas mãos

  • uma desvantagem…

Diminuição da velocidade

Desgaste de peças

Desgaste de articulações

situações, as forças de atrito podem ser úteis ou prejudiciais:

Mas… o atrito também pode ser muito útil

Por vezes, para tornar o movimento mais seguro, recorre-se a processos que aumentam o atrito.

A rugosidade e a natureza da borracha permitem aumentar o atrito.

A rugosidade das luvas do guarda-redes permitem aumentar o atrito com a bola.

Alguns atletas usam um pó branco nas mãos para eliminar o suor e aumentar o atrito.

Quando andamos

Quando acendemos um fósforo

O atrito útil também existe nos pneus dos automóveis, impedindo-os de deslizarem.

Os pneus devem estar em boas condições e adequados às condições climatéricas

Atrito prejudicial – O atrito que ocorre na transmissão de máquinas e entre peças  de motores é prejudicial, sendo preciso lubrificar os equipamentos para o minimizar.

Hovercraft – A almofada de ar, colocada debaixo do barco, permite diminuir o atrito entre o barco e a água, podendo andar com maior velocidade.

Pistas de gelo – Os patins usados nas pistas de gelo são em linha para diminuir o atrito.

Peças mecânicas – Para reduzir as forças de atrito, entre peças em movimento, utilizam-se óleos lubrificantes.

Escorregas aquáticos – Para reduzir as forças de atrito, entre a pessoa e o escorrega e facilitar o deslizamento, usa-se a água.

Redução da força de atrito

Para facilitar o movimento dos corpos é importante reduzir as forças de atrito.

Usando rolamentos bem lubrificados, as superfícies deixam de raspar, passando a rolar umas sobre as outras. O atrito passa a ser menor.

As estradas são asfaltadas para reduzir o atrito. Num terreno irregular ou na areia, o atrito é muito grande.

As dobradiças das portas são lubrificadas para reduzir o atrito, facilitando o movimento.

A força de atrito pode ser classificada como …

  • força de atrito estático.

A força de atrito estático atua entre as superfícies de contacto na ausência de movimento.

  • força de atrito cinético.

A força de atrito cinético atua entre as superfícies de contacto quando ocorre movimento.

Para que o corpo deslize, a força aplicada deve ser superior à força de atrito.

O valor da força de atrito estático que atua na caixa é superior ao valor da força de atrito cinético:

Fatrito estático > Fatrito cinético

Força de resistência do ar

Força de resistência do ar

Quando um corpo em movimento contacta com o ar, surge no corpo uma força que se opõe ao movimento devido à interação entre a superfície do corpo e o ar.

Quando um corpo se desloca no ar ou noutro fluido, também existe uma força que se opõe ao movimento.

Essa força é denominada força de resistência (R).

É esta força de resistência que se opõe ao movimento do paraquedista, abrandando o movimento de descida.

Também os automóveis em movimento ficam sujeitos a esta força de resistência.

Quanto maior é a área da superfície de contacto entre o carro e o ar atmosférico, maior é a força de resistência.

Por esse motivo, os fabricantes constroem carros aerodinâmicos, que minimizam a força de resistência.

Quando um corpo se desloca no ar, o ar exerce sobre o corpo uma força que se opõe ao movimento: é a força de resistência do ar (símbolo Rar)

É prejudicial no movimento de um carro

É útil no paraquedismo

Para facilitar o movimento é importante reduzir a força de resistência do ar.

Alterando a superfície de contacto, dando-lhe forma aerodinâmica.

Os ciclistas dobram-se sobre a bicicleta para diminuir a força de resistência do ar e aumentar a velocidade.

Alguns veículos têm formas aerodinâmicas para reduzir a força de resistência do ar e aumentar a velocidade.

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