Aula nº8

          ⇒ Forças na segurança rodoviária


Devido à grande quantidade de automóveis que circulam nas estradas, todos os dias ocorrem acidentes.

  • Observa a situação seguinte:

Na colisão com o carro azul, o automóvel vermelho exerce uma força sobre ele.

De acordo com a 3.ª Lei de Newton, também o carro azul exerce uma força sobre o carro vermelho, com a mesma direção e intensidade mas com sentido contrário.

À força exercida pelo carro azul sobre o carro vermelho, dá-se o nome de força de colisão.

Durante a colisão, a velocidade (v) do automóvel diminui até zero (v = 0 m/s).

Forças que atuam no automóvel vermelho:

a força F (força de colisão) exercida pelo obstáculo na colisão;

o peso P exercido pela Terra;

a força N exercida pelo solo, que equilibra o peso: tem a mesma intensidade e sentido oposto. Se esta força não existisse o carro entraria pelo solo! Chama-se força normal por ser perpendicular ao solo.

A força de colisão faz a velocidade do automóvel passar do valor vi, que tinha no início da colisão, para o valor vf, que é zero.

Considerando que a força de colisão é constante durante o intervalo de tempo em que atua, a aceleração é também constante.

Admitindo que a força de colisão é constante:

O valor da aceleração (a) do automóvel durante o intervalo de tempo (Δt) correspondente à colisão é:

De acordo com a Lei Fundamental da Dinâmica, pode determinar-se o valor da força de colisão.

A intensidade da força de colisão é dada por:

O sinal negativo indica que a força que atua no automóvel, durante a colisão, tem sentido contrário ao do movimento.

Quanto maior é a força de colisão aplicada sobre um dado veículo, maior é a quantidade de estragos sofridos por este.

  • Considera o carro (menor massa) e um camião (maior massa):

A velocidade inicial dos veículos e o intervalo de tempo correspondente à duração da colisão são iguais.

A força de colisão é maior no camião.

Quanto maior é a massa do veículo, maior é a força de colisão.

  • Considera dois carros A e B

Veículo A com menor velocidade inicial.

Veículo B com maior velocidade inicial.

A massa dos veículos e o intervalo de tempo correspondente à duração da colisão são iguais.

A força de colisão é superior em B.

Quanto maior é a velocidade inicial do veículo, maior é a força de colisão.

A força exercida sobre um veículo numa colisão será tanto maior quanto:

maior for a velocidade do veículo quando colide;

maior for a massa total do veículo (por exemplo, quanto mais carregado estiver);

menor for o intervalo de tempo de colisão.

Os materiais de que são feitos o obstáculo e o automóvel também influenciam o valor da força de colisão.

Os pneus que se colocam nas bermas das pistas de carros, permitem, em caso de colisão, aumentar o intervalo de tempo que esta dura, uma vez que são feitos de material facilmente deformável.

Quando os materiais são facilmente deformáveis, o intervalo de tempo correspondente à colisão aumenta, logo a força de colisão diminui.

A borracha é facilmente deformável, o que permite aumentar o tempo de colisão.

É, por isso, muito utilizada em pistas de corridas.

Quanto maior é o intervalo de tempo de colisão, menor é a intensidade da força de colisão.

Pressão

A pressão (símbolo p) é uma grandeza física escalar que indica a intensidade da força exercida por unidade de área.

A unidade SI de pressão é o N/m2, denominada pascal (Pa).

A unidade de pressão foi atribuída em homenagem a Blaise Pascal, um físico e matemático francês.

Blaise Pascal (1623-1662)

Físico e matemático francês que deu um contributo importante para a compreensão do conceito de pressão.

Certamente já reparaste que, quando caminhas sobre a neve, vais deixando marcadas as tuas pegadas.

Por que razão deixamos pegadas na neve?

A neve é constituída por inúmeros flocos separados uns dos outros e, por isso, é fácil de moldar.

O teu pé exerce uma força de contacto perpendicular à neve.

Essa força obriga os flocos de neve imediatamente abaixo do pé a mudarem de posição, dando origem à pegada.

Se considerarmos que o peso é o mesmo em ambos os casos, mas está distribuído por áreas diferentes.

Na primeira situação, o peso do corpo está distribuído por uma menor área em contacto com o solo, e a profundidade da pegada é maior.

Por que o balão não rebenta ao ser colocado numa cama de pregos?

Quando pressionamos o balão cheio de ar contra um único prego, ele estoura facilmente, pois há uma pressão relativamente alta na região de contacto entre o balão e o prego.

Na cama de pregos não temos apenas um prego, mas sim centenas deles. Portanto, não temos apenas a pequena área de contacto de um prego, mas a soma de pequenas áreas que, no final, acaba sendo uma área maior.

Ao distribuir a massa do corpo nessas pequenas áreas, o balão não sofre uma pressão fatal num único ponto e, por isso, não rebenta.

A pressão é tanto maior quanto maior é a intensidade da força e menor a área de contacto.

Durante uma colisão, além da força, devemos ter em conta a pressão.

Quanto maior for a força (F), maior será a pressão (p).

Quanto menor for a área (A) onde a força está a ser exercida, maior será a pressão (p).

Segurança num automóvel

Os automóveis modernos possuem sistemas de proteção  dos ocupantes em caso de travagem brusca ou colisão.

A utilização de cinto de segurança, em conjunto com os airbags, ajuda a minimizar as consequências para os ocupantes em caso de acidente.

Nos motociclos, é essencial a utilização de capacete para proteger a cabeça em caso de acidente.

Os dispositivos de segurança instalados nos carros – apoios de cabeça, cintos de segurança e airbags – assim como o capacete nos veículos de duas rodas contribuem para evitar danos em caso de acidentes.

Dispositivos de segurança rodoviária

Cintos de segurança, airbags, capacetes e apoios de cabeça têm uma grande área de contacto com os passageiros, o que diminui a pressão exercida pela força que neles atua durante uma colisão.

Como nenhuma força oposta ao movimento atua sobre os passageiros, de acordo com a lei da inércia eles continuam a mover-se para a frente com a velocidade que o veículo tinha antes da colisão, pelo que são projetados para a frente.

O cinto de segurança, o único dispositivo que prende os passageiros aos veículos, impede a sua projeção para a frente e para fora dos veículos em caso de colisão.

O apoio de cabeça impede que, numa colisão de traseira, haja um grande desvio da cabeça para trás, em relação ao corpo, o que pode danificar a coluna vertebral.

Cintos de segurança, airbags, capacetes que têm o interior almofadado e apoios de cabeça, devido à sua facilidade de deformação, aumentam o tempo de atuação da força exercida sobre os passageiros durante a colisão, diminuindo a sua intensidade.

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