Ficha nº2 : Exames e TI (2014 – 2020)

 


Ficha nº2

Exercícios de exames e testes intermédios (2014 – 2020)

11ºanoFísica  – Domínio 1 – Subdomínio 2 (Interações e seus efeitos)


 

1. (2014 – 2ªFEis-nos diante desse divertimento popular chamado montanha-russa.

Um carrinho, levado ao ponto mais alto de uma linha de carris e aí abandonado à força da gravidade, cai, subindo e descendo depois pela linha fantasticamente curva, dando aos que vão dentro dele todas as sensações violentas das súbitas mudanças de velocidade… Partindo sempre do ponto mais alto, situado, por exemplo, a cem metros do chão, em parte nenhuma do percurso alcança ponto mais alto do que aquele.
Vamos supor que alguém descobriu como eliminar totalmente as forças dissipativas e quer aplicar a sua descoberta à construção de uma montanha-russa. Nessa construção, deve seguir uma regra muito simples: não deve haver pontos situados a uma altura superior à do ponto de partida, embora a linha de carris possa ter qualquer comprimento. Se o carrinho puder mover-se livremente até ao final da linha de carris, poderá, no seu percurso, atingir várias vezes cem metros de altura, mas nunca poderá ultrapassar esse valor.

Nas montanhas-russas reais, não será assim: depois de abandonado, o carrinho nunca atingirá a altura do ponto de partida, devido à ação das forças dissipativas.

A. Einstein, L. Infeld, A Evolução da Física, Lisboa,
Livros do Brasil, pp. 43-45 (adaptado)

No texto, são referidas «todas as sensações violentas das súbitas mudanças de velocidade».

Qual é o nome da grandeza a que se refere a expressão em itálico?

Resolução

  • Aceleração

Por definição, aceleração é a grandeza que mede a taxa de variação de velocidade.

Critérios

  • Aceleração …….. 5 pontos

2. (2014 – EENa Figura 3 (que não está à escala), está representada uma calha inclinada, que termina num troço horizontal. A superfície do troço horizontal está revestida por um material rugoso.

Um paralelepípedo de massa 300 g foi abandonado na posição A, situada a uma altura de 25 cm em relação ao troço horizontal da calha.

Entre as posições A e B, a dissipação de energia mecânica foi desprezável. Entre as posições B e C, que distam 60 cm entre si, foi dissipada 20% da energia mecânica inicial do sistema paralelepípedo + Terra.

Considere que o paralelepípedo pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material) e considere o troço horizontal da calha como o nível de referência da energia potencial gravítica.

Determine o módulo da aceleração do paralelepípedo, no percurso BC, admitindo que a aceleração se mantém constante ao longo desse percurso.

Apresente todas as etapas de resolução.

Resolução

  • m = 300 g = 0,300 kg
  • hA = 25 cm = 0,25 m
  • vA = 0 m s-1
  • dBC = 60 cm = 0,60 m
  • ΔEmBC = – 20% EmA = – 0,20 EmA

Calculo da aceleração do paralelepípedo, no percurso B a C:

Critérios

  • Etapas de resolução:

A)Cálculo da energia mecânica (ou da energia potencial gravítica) inicial do sistema paralelepípedo + Terra (E = 0,750 J……..2 pontos

B)Cálculo da variação da energia mecânica do sistema (ou da variação da energia cinética do paralelepípedo), entre as posições B e C (ΔE = -0,150 J) …….. 3 pontos

C)Cálculo da intensidade da resultante das forças que atuaram no paralelepípedo, no percurso BC (F = 0,250 N…….. 5 pontos

D)Cálculo do módulo da aceleração do paralelepípedo, no percurso BC (a = 0,83 m s-2) …….. 5 pontos

3. (2016 – 1ªFQuando um corpo desliza ao longo de um plano inclinado, ocorre, geralmente, dissipação de parte da energia mecânica do sistema corpo + Terra.

Numa aula laboratorial de Física, pretendia-se investigar se a energia dissipada e a intensidade da resultante das forças de atrito que atuam num corpo que desliza ao longo de um plano inclinado dependem da distância percorrida pelo corpo e dos materiais das superfícies em contacto.

Na Figura 4, está representada uma montagem semelhante à utilizada nessa aula laboratorial.

Nos ensaios efetuados, foi utilizado um paralelepípedo de madeira cujas faces laterais, de igual área, se encontravam revestidas por materiais diferentes. Em cada conjunto de ensaios, o paralelepípedo, deslizando sobre a calha sempre apoiado numa mesma face, foi abandonado em diversas posições, percorrendo assim distâncias diferentes até passar pela célula fotoelétrica.

O cronómetro digital ligado à célula fotoelétrica permitiu medir o intervalo de tempo que a tira de cartolina fixada no paralelepípedo demorava a passar em frente dessa célula.

No tratamento e na interpretação dos resultados experimentais obtidos, considerou-se desprezável a resistência do ar.

3.1*. Para medir a largura,  ∆x, da tira de cartolina utilizou-se uma régua com uma escala cuja menor divisão é 1 mm.

Qual é a incerteza associada à escala dessa régua?

Resolução

  • A incerteza associada à escala da régua é 0,5 mm

⇒ A menor divisão da escala da régua é 1 mm; a incerteza de leitura pode ser estimada por metade desta menor divisão.

Critérios

  • 0,5 mm ou equivalente  …………. 5 pontos

Nota: A apresentação do valor solicitado com dois algarismos significativos não implica qualquer desvalorização.

3.2*. Num dos ensaios realizados, o paralelepípedo, de massa, 90,48g, foi abandonado numa determinada posição sobre a calha, tendo percorrido 0,870 m até a tira de cartolina passar em frente da célula fotoelétrica.

Nesse deslocamento, a altura a que o paralelepípedo se encontrava em relação a um mesmo nível de referência diminuiu 0,420 m.

No ensaio realizado, a tira de cartolina, de largura ∆x = 1,50 cm, demorou, 1,08 x 10-2 s a passar em frente da célula fotoelétrica.

Calcule a intensidade da resultante das forças de atrito que atuaram no paralelepípedo, naquele ensaio. Admita que essa resultante se manteve constante.

Apresente todas as etapas de resolução.

Resolução

A resultante das forçaas de atrito, 𝐹a, pode ser determinada a partir da relação entre o trabalho das forças não conservativas, 𝑊FNC, e a variação de energia mecânica do sistema bloco + Terra, Δ𝐸m:

  • 𝑊FNC = Δ𝐸m

Tomando como inicial o instante em que o paralelepípedo é largado, a sua energia cinética é nula (𝐸c,i = 0), dado partir do repouso.

Assim, a energia mecânica do sistema neste instante, 𝐸m,i, é igual à sua energia potencial, 𝐸p,i:

  • 𝐸m,i = 𝐸p,i + 𝐸c,i = 𝑚𝑔ℎ𝑖 + 0 = 9,048 x 10−2 kg x 10 m s−2 x 0,420 m = 0,380 J

Tomou-se como referência, para a medição da altura do paralelepípedo, a posição do seu centro de massa imediatamente após a tira de cartolina ter atravessado a célula fotoelétrica.

No instante final, imediatamente após a tira de cartolina ter atravessado a célula fotoelétrica, a energia mecânica do sistema, 𝐸m, f, é igual à energia cinética do paralelepípedo, 𝐸c, f (a energia potencial do sistema é nula, 𝐸p, f = 0, dado ter-se tomado esta posição como referência na medição da altura):

  • 𝐸m, f = 𝐸p, f + 𝐸c, f = 0 + ½ 𝑚𝑣f2  = 8,728 x 10−2 J

em que se considerou a velocidade final do paralelepípedo aproximadamente igual à velocidade média no intervalo de tempo, Δ𝑡′ = 1,08 x 10−2 s, em que a tira de cartolina bloqueia a célula, deslocando-se o carrinho de uma distância

  • Δ𝑥 = 1,50 x 10−2 m

(neste intervalo de tempo a variação de velocidade pode ser desprezada, considerando-se, assim, uma velocidade praticamente constante e igual à velocidade final).

As forças não conservativas, 𝐹NC, que atuam no bloco são as de atrito de resultante 𝐹a, no sentido oposto ao movimento do bloco, e a força normal, N (esta, sendo perpendicular ao deslocamento, n o realiza trabalho):

  • 𝑊𝐹NC = 𝑊𝐹a + 𝑊N = 𝐹a𝑑 cos 180º + 0 = −𝐹a𝑑

em que 𝐹a é a intensidade da resultante das forças de atrito, considerada constante, e 𝑑 = 0,870 m o módulo do deslocamento do bloco entre as posições inicial e final.

⇒ Como 𝑊𝐹NC = Δ𝐸m pode concluir-se que:

ou

A resultante das forças de atrito, 𝐹a, pode ser determinada com base na Lei Fundamental da Dinâmica, aplicada na direção do movimento, e na determinação da aceleração do paralelepípedo, 𝑎⃗, a partir das equações do movimento com aceleração constante (assumindo que todas as forças que atuam sobre o corpo são constantes):

  • 𝐹R = 𝑚𝑎⃗ ⟹ 𝑃𝑥 − 𝐹a = 𝑚𝑎

em que 𝑃𝑥 é o módulo da componente do peso na direção do movimento, 𝐹a é o módulo da resultante das forças de atrito e 𝑎 é o módulo da aceleração.

Toma-se como inicial e final, respetivamente, o instante de largada do paralelepípedo, velocidade inicial nula, e o instante imediatamente após a tira de cartolina ter atravessado a célula fotoelétrica.

A velocidade final do paralelepípedo é aproximadamente igual à velocidade média no intervalo de tempo, Δ𝑡′ = 1,08 x 10−2 s, em que a tira de cartolina bloqueia a célula, deslocando-se o carrinho de uma distância:

  • 𝑑′ = 1,50 x 10−2 m
  • 𝑣f = 1,50 x 10−2 m / 1,08 x 10−2 s = 1,389 m s−1

Aplicando as equações do movimento ao intervalo de tempo considerado, em que o bloco se desloca de 0,870 m:

  •  𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑡 + ½ 𝑎𝑡2 ⟹ 0,870 = 0 + 0 + ½ at2 ⟹ a = 1,109 ms-2
  • 𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡 ⟹ 1,389 = 0 + at

Da Lei Fundamental da Dinâmica determina-se a intensidade da resultante das forças de atrito:

  • 𝑃𝑥 − 𝐹a = 𝑚𝑎 ⟹ 𝐹a = 𝑃𝑥 − 𝑚𝑎 = 𝑚𝑔 sin θ − 𝑚𝑎 = 𝑚(𝑔 sinθ − 𝑎)

em que θ é o ângulo entre o plano inclinado e a horizontal.

Substituindo os valores das grandezas obtém-se:

Critérios

  • Etapas de resolução:

A) Cálculo da variação da energia potencial gravítica do sistema paralelepípedo + Terra, no percurso considerado (ΔEp = -3,80 x 10-1 J) …….. 3 pontos

B) Cálculo do módulo da velocidade do paralelepípedo na posição em que a tira de cartolina passou em frente da célula fotoelétrica (v = 1,389 m s-1) …….. 3 pontos

C) Cálculo da energia cinética do paralelepípedo na posição em que a tira de cartolina passou em frente da célula fotoelétrica (Ec = 8,728 x 10-2 J) …….. 2 pontos

D) Cálculo da variação da energia mecânica do sistema paralelepípedo + Terra, no percurso considerado (ΔEm = -2,93 x 10-1 J) …….. 3 pontos

E) Cálculo da intensidade da resultante das forças de atrito que atuaram no paralelepípedo, naquele ensaio (Fa = 3,4 x 10-1 N) (ver notas 1 e 2) …….. 4 pontos

ou

A) Cálculo do módulo da velocidade do paralelepípedo na posição em que a tira de cartolina passou em frente da célula fotoelétrica (v = 1,389 m s-1) …….. 3 pontos

B) Cálculo do módulo da aceleração do paralelepípedo no movimento considerado (a = 1,109 ms-2) …….. 3 pontos

C) Cálculo da intensidade da resultante das forças que atuaram no paralelepípedo, no percurso considerado (F = 0,1003 N) …….. 2 pontos

D) Cálculo da intensidade da componente tangencial da força gravítica que atuou no paralelepípedo, no percurso considerado (Fgt = 0,437 N) …….. 3 pontos

E) Cálculo da intensidade da resultante das forças de atrito que atuaram no paralelepípedo, naquele ensaio (Fa = 3,4 x 10-1 N ) (ver nota 1) …….. 4 pontos

ou

A) Cálculo do módulo da velocidade do paralelepípedo na posição em que a tira de cartolina passou em frente da célula fotoelétrica (v = 1,389 m s-1) …….. 3 pontos

B) Cálculo da energia cinética do paralelepípedo na posição em que a tira de cartolina passou em frente da célula fotoelétrica (Ec = 8,728 x 10-2 J) …….. 2 pontos

C) Cálculo da intensidade da resultante das forças que atuaram no paralelepípedo, no percurso considerado (F = 0,1003 N) (ver nota 3) …….. 3 pontos

D) Cálculo da intensidade da componente tangencial da força gravítica que atuou no paralelepípedo, no percurso considerado (Fgt = 0,437 N) …….. 3 pontos

E) Cálculo da intensidade da resultante das forças de atrito que atuaram no paralelepípedo, naquele ensaio (Fa = 3,4 x 10-1 N) (ver nota 1) …….. 4 pontos

ou

A) Cálculo do módulo da velocidade do paralelepípedo na posição em que a tira de cartolina passou em frente da célula fotoelétrica (v = 1,389 m s-1) …….. 3 pontos

B) Cálculo da energia cinética do paralelepípedo na posição em que a tira de cartolina passou em frente da célula fotoelétrica (Ec = 8,728 x 10-2 J) …….. 2 pontos

C) Cálculo da soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuaram no paralelepípedo, no percurso considerado (W = 8,728 x 10-2 J) …….. 3 pontos

D) Cálculo do trabalho realizado pela força gravítica que atuou no paralelepípedo, no percurso considerado (WFg = 3,80 x 10-1 J) …….. 3 pontos

E) Cálculo da intensidade da resultante das forças de atrito que atuaram no paralelepípedo, naquele ensaio (Fa = 3,4 x 10-1 N) (ver notas 1 e 2) …….. 4 pontos

Notas:

1. A apresentação do valor solicitado com um número incorreto de algarismos significativos não implica qualquer desvalorização.

2. Nesta etapa, é obrigatória a consideração (implícita ou explícita) do ângulo a = 180º. Se esse ângulo não for  considerado, a etapa é pontuada com zero pontos.

3. Nesta etapa, é obrigatória a consideração (implícita ou explícita) do ângulo a = 0º. Se esse ângulo não for considerado, a etapa é pontuada com zero pontos.

3.3*. Em qual dos esquemas seguintes está representado um diagrama das forças que atuam no paralelepípedo quando este, depois de abandonado, desliza sobre a calha?

Resolução

  • Opção (B)

⇒ Sobre o bloco atuam 3 forças: o peso P (vertical e de sentido para baixo), a força normal N (perpendicular ao plano inclinado) e as forças de atrito (paralelas à direção do movimento e de sentido oposto a este) de resultante Fa.

⇒ Como o carrinho desce acelerando (parte do repouso e entra em movimento, aumentando a sua velocidade, e neste caso, aumentando sempre, dado a aceleração ser constante) a resultante das forças tem a direção e o sentido do movimento, portanto, a componente do peso na direção do movimento, Px, é maior do que a resultante das forças de atrito, Fa: Px > Fa .

Critérios

  • Opção (B)  ……………. 5 pontos

4. (2016 – 2ªFUma bola de ténis, de massa m, cai verticalmente, depois de abandonada a 1,70 m do solo. A bola colide com o solo e ressalta, atingindo num primeiro ressalto a altura máxima de 0,94 m.

Considere desprezável a força de resistência do ar, e admita que a bola pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Durante a colisão da bola com o solo, a força exercida pela bola sobre o solo e a força exercida pelo solo sobre a bola têm, em cada instante,

(A) o mesmo sentido e intensidades diferentes.

(B) sentidos opostos e intensidades diferentes.

(C) o mesmo sentido e a mesma intensidade.

(D) sentidos opostos e a mesma intensidade.

Resolução

  • Opção (D)

⇒ A força exercida pela bola sobre o solo, aplicada neste, e a força exercida pelo solo sobre a bola, aplicada nesta, constituem um par ação-reação que, de acordo com a Terceira Lei de Newton, apresentam a mesma direção, a mesma intensidade e sentidos opostos.

Critérios

  • Opção (D)  ……………. 5 pontos

5. (2017 – 1ªFA Figura 3 representa uma montagem que foi utilizada na determinação experimental do módulo da aceleração gravítica.

Nos vários ensaios realizados, abandonou-se uma esfera sempre da mesma posição inicial, imediatamente acima da célula fotoelétrica A.

Numa primeira experiência, mantendo as células fotoelétricas à mesma distância uma da outra, mediu-se o tempo que a esfera demorou a percorrer a distância entre as células A e B, tAB, e o tempo que a esfera demorou a passar em frente da célula B, tB.

5.1. Num conjunto de ensaios, realizados nas mesmas condições, obtiveram-se os valores de tB apresentados na tabela seguinte.

Qual é, para esse conjunto de ensaios, o resultado da medição de tB?

(A) tB = (8,80 ± 0,01) ms

(B) tB = (8,80 ± 0,06) ms

(C) tB = (8,80 ± 0,05) ms

(D) tB = (8,80 ± 0,04) ms

Resolução

  • Opção (D)

O valor mais provável do tempo de passagem em B é:

Os desvios de cada uma das leituras são:

A incerteza absoluta é igual ao módulo do desvio máximo, desde que superior à incerteza de leitura do cronómetro digital ( 0,01 ms) , ou seja, igual a 0,04 ms

  • O resultado da medição é tB = ( 8,80 ± 0,04) ms

Critérios

  • Opção (D)  ……………. 5 pontos

5.2. Dividindo o diâmetro da esfera por tB , determina-se um valor aproximado do módulo da velocidade da esfera no instante em que esta se encontra em frente da célula fotoelétrica B, vB.

5.2.1. Ao determinar vB por este método, que aproximação se faz?

Resolução

Considera-se que a velocidade da esfera no intervalo de tempo 𝑡B aproximadamente constante (despreza-se a variação de velocidade, porque o intervalo de tempo 𝑡B é muito pequeno).

ou

Considera-se que a velocidade no instante em que a esfera se encontra em frente da célula é aproximadamente igual à velocidade média no intervalo de tempo 𝑡B.

Critérios

[Considera-se que] vB é igual ao módulo da velocidade média da esfera [, no tempo que esta demora a passar em frente da célula B] (ou equivalente).  …………. 5 pontos

ou

  • [Considera-se que] a velocidade (ou o módulo da velocidade) da esfera é constante [, no tempo que esta demora a passar em frente da célula B].

ou

  • [Considera-se que] o movimento da esfera é [retilíneo e] uniforme [, no tempo que esta demora a passar em frente da célula B].

5.2.2. O cálculo de vB pressupõe que a esfera interrompe o feixe luminoso da célula B pelo seu diâmetro.

No entanto, um erro experimental frequente decorre de a esfera interromper, de facto, o feixe luminoso por uma dimensão inferior ao seu diâmetro.

Quando este erro ocorre, o valor de vB calculado é ______ ao verdadeiro, o que determina um erro por ______ no valor experimental do módulo da aceleração gravítica.

(A) superior … excesso

(B) superior … defeito

(C) inferior … excesso

(D) inferior … defeito

Resolução

  • Opção (A)

Se o cálculo do valor de vB for feito com o valor do diâmetro da esfera, mas com um valor medido de tB inferior ao valor verdadeiro, fará com que o valor de vB calculado seja superior ao valor verdadeiro.

O valor experimental do módulo da aceleração gravítica,

  • será maior do que o valor verdadeiro, o que determina um erro por excesso.

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 5 pontos

5.3. No cálculo do módulo da aceleração gravítica, que valor deverá ser considerado para o módulo da velocidade da esfera no instante em que esta se encontra em frente da célula fotoelétrica A?

Resolução

⇒ Dado que a esfera é abandonada imediatamente acima da célula A e que o módulo da velocidade com que está à frente desta é desprezável em relação ao calculado em B, deve considerar-se esse valor igual a 0 m s–1 .

Critérios

  • 0 (m s-1)  ……………. 5 pontos

5.4. Numa segunda experiência, variando a distância entre as células A e B, foi possível determinar o módulo da aceleração gravítica a partir do gráfico do quadrado do tempo que a esfera demorou a percorrer a distância entre as células, t2AB, em função da distância percorrida, Δy.

A partir dos valores obtidos, determinou-se a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de pontos do gráfico:

t2AB = 0,198Δy − 0,001 (SI)

Determine o erro percentual (erro relativo, em percentagem) do módulo da aceleração gravítica obtido nesta experiência, tomando como referência o valor 9,8 m s-2.

Apresente todas as etapas de resolução.

Resolução

Como já foi referido, pode considerar-se que a esfera em A parte do repouso.

Assim, pode escrever-se:

Da equação da reta apresentada no enunciado tem-se:

O erro relativo percentual é:

  • O erro percentual do módulo da aceleração gravítica é 3,1% 

Critérios

  • Etapas de resolução:

A) Determinação do módulo da aceleração gravítica obtido na experiência (g = 10,1 m s-2) …….. 5 pontos

B) Determinação do erro percentual do módulo da aceleração gravítica obtido na experiência (3,1%) …….. 5 pontos

6. (2017 – 2ªFConsidere dois conjuntos, A e B, ambos constituídos por um ciclista e pela respetiva bicicleta. Estes conjuntos movem-se numa pista horizontal.

Admita que cada conjunto pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Admita que, num determinado intervalo de tempo, os conjuntos A e B se movem paralelamente um ao outro, num troço retilíneo da pista horizontal.

Considere um referencial unidimensional, Ox, paralelo à trajetória dos conjuntos nesse troço.

Na Figura, encontram-se representados os esboços dos gráficos das componentes escalares da velocidade, vx , dos conjuntos A e B, segundo o referencial Ox , em função do tempo, t , no intervalo de tempo considerado.

Nos esquemas seguintes, está representado o conjunto B, que se move da esquerda para a direita.

Em qual dos esquemas se encontram representados o vetor resultante das forças, F , que atuam nesse conjunto e o vetor aceleração, a , no intervalo de tempo [0, t2 ]?

Resolução

  • Opção (D)

⇒ A aceleração tem a mesma direção e o mesmo sentido da resultante das forças.

⇒ Como a velocidade diminui, a aceleração tem sentido contrário à velocidade (vetor com o sentido do movimento).

Critérios

  • Opção (D)  ……………. 5 pontos

7. (2018 – PMUma criança decide colocar a bola no chão e chutá-la, fazendo com esta percorra uma trajetória retilínea no solo. No entanto, reparou que a sua velocidade permanecia constante.

Conclua o valor da intensidade da resultante das forças de atrito a atuar na bola.

Apresente num texto a justificação da conclusão solicitada.

Critérios

  • Tópicos de resposta:

A) De acordo com o Teorema da Energia Cinética, o valor do trabalho realizado pela força resultante é igual à variação da energia cinética do corpo.

B) Como [o módulo da]/a velocidade da bola é constante, não há variação de energia cinética, o que implica que a força resultante seja nula, uma vez que o módulo do deslocamento não é nulo e a força não é a ele perpendicular (o trabalho da força é dado pelo produto entre a intensidade da força, o módulo do deslocamento e o cosseno do ângulo que o a força faz com o deslocamento).

C) Neste movimento, apenas a resultante das forças de atrito poderia ser a resultante de todas as forças. Como a intensidade da força resultante é nula, podemos concluir que, na bola, a intensidade da resultante das forças de atrito é nula.

ou

A) De acordo com a segunda lei de Newton, quando a massa é constante (como é o caso da bola), a intensidade da força resultante é igual ao produto entre a massa e o módulo da aceleração [OU a força resultante é igual ao produto entre a massa e a aceleração].

B) Como [o módulo da]/a velocidade da bola rolante é constante, a aceleração (ou o módulo da aceleração) é nula, o que implica que a/(o módulo da) força resultante seja nula/(o).

C) Neste movimento, apenas a resultante das forças de atrito poderia ser a resultante de todas as forças. Como a intensidade da força resultante é nula, podemos concluir que, na bola, a intensidade da resultante das forças de atrito é nula.

8. (2018 – PM)  Dois blocos (I e II) com a mesma massa foram colocados numa superfície horizontal de maneira a que os seus centros de massa distassem 15 m.

Ambos foram submetidos a uma força. A força exercida no bloco I, F1 , e a força exercida no bloco II, F2, tinham a mesma intensidade. No bloco II, a força fazia um ângulo de 30º com a superfície. Esta situação está representada na figura abaixo. Os corpos partiram do repouso.

Neste movimento, o atrito foi desprezável.

Passados 2,6 s, os blocos colidiram.

Considerando desprezáveis o atrito entre a superfície e os blocos e a distância entre os centros de massa dos blocos no instante da colisão, determine o módulo da velocidade máxima atingida pelo bloco II antes de embater o bloco I.

Apresente todas as etapas de resolução.

Critérios

  • Etapas de resolução:

A) Relacionar as acelerações (ou os módulos das acelerações) dos blocos. ………. 4 pontos

B) Escrever as equações dos movimentos dos blocos. ………. 4 pontos

C) Obter o valor da aceleração do bloco II – 2,06 m s-2 ………. 4 pontos

D) Obter o valor da velocidade máxima (velocidade imediatamente antes do embate) -5,4 m s-1 ………. 3 pontos

9. (2018 – 1ªFUma esfera, largada de uma certa altura, cai verticalmente até atingir o solo.

Na Figura 2, apresenta-se um esboço do gráfico do módulo da velocidade, v, dessa esfera, em função do tempo, t, desde o instante em que a esfera é largada até atingir o solo.

Considere que a esfera pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Qual das opções pode representar a velocidade, v , e a aceleração, a, da esfera, num dado instante, durante a queda?

Resolução

  • Opção (D)

⇒ A velocidade da esfera tem a direção e sentido do movimento, vertical de cima para baixo.

⇒ O módulo da velocidade aumenta com o tempo, a aceleração tem a mesma direção e sentido da velocidade.

Critérios

  • Opção (D)  ……………. 6 pontos

10. (2018 – 1ªFUma esfera é largada de uma altura de 50 m.

Considere que a esfera pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material) e considere o solo como nível de referência da energia potencial gravítica.

Se a força de resistência do ar que atua na esfera durante a queda for desprezável, qual é, em cada segundo, o aumento do módulo da velocidade da esfera?

Resolução

  • O aumento do módulo da velocidade da esfera, em cada segundo, é 10 ms-1.

⇒ O aumento do módulo da velocidade da esfera por unidade de tempo é o módulo da aceleração da esfera.

⇒ Se a força de resistência do ar for desprezável, a única força a atual na esfera é a força gravítica, Fg, que lhe comunica a  aceleração gravítica, g.

O módulo da aceleração gravítica é g = 10 m s-2 = 10 m s-1/s, o que significa que, em cada segundo, o módulo da velocidade aumenta 10 m s-1.

Critérios

  • 10 m s-1 (ou 9,8 m s-1) …………….. 6 pontos

11. (2018 – EEUm carrinho telecomandado, de massa 400 g, move-se numa pista retilínea, coincidente com um referencial unidimensional, Ox.

Admita que o carrinho pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Na Figura 1, encontra-se representado o gráfico da componente escalar da velocidade, vx , desse carrinho, segundo o referencial Ox considerado, em função do tempo, t.

11.1. Qual dos esboços de gráfico seguintes pode representar a componente escalar da aceleração, ax , do carrinho, segundo o referencial Ox, em função do tempo, t, no intervalo de tempo [0,0 ; 8,0] s ?

Resolução

  • Opção (A)

⇒ A componente escalar da aceleração, ax (t), pode ser obtida através do declive da reta tangente ao gráfico vx (t), em cada instante.

⇒ No intervalo de tempo [0,0 ; 5,0] s, o referido declive é positivo e crescente, pelo que a componente escalar da aceleração é positiva e está aumentar com o tempo.

⇒ No intervalo de tempo [5.0 ; 8,0] s, o declive da tangente ao gráfico é nulo em todos os instantes do intervalo, ou seja, ax = 0 nesse intervalo.

A forma da função vx (t) no intervalo de tempo [0,0 ; 5,0] s sugere que se trata de uma parábola de equação vx (t) = c t2, onde e é uma constante positiva. Se for esse o caso, espera- se que a função ax (t) correspondente seja uma reta de declive positivo.

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 6 pontos

11.2. No intervalo de tempo [8,0 ; 13,0] s, o carrinho percorreu 3,2 m.

Calcule, sem recorrer a conceitos energéticos, a intensidade da resultante das forças que atuam no carrinho, nesse intervalo de tempo.

Apresente todas as etapas de resolução.

Resolução

⇒ No intervalo de tempo [8,0 ; 13,0] s a componente escalar da velocidade vara linearmente com o tempo. Assim , o módulo da componente escalar da aceleração, |ax|, é constante e dada por

  • onde vi é a componente escalar da velocidade no instante t = 8,0 s. O valor de vi pode ser obtido igualando o espaço percorrido, s = 3,2 m, à área subjacente ao gráfico vx (t), no intervalo de tempo [8,0 ; 13,0] s:

  • Assim

⇒ Finalmente, a intensidade da resultante das forças, FR, é obtida recorrendo à Lei Fundamental da Dinâmica:

Critérios

  • Etapas de resolução:

Cálculo da componente escalar da velocidade do carrinho no instante t = 8,0 s (vx = 1,28 m s-1) …….. 4 pontos

Cálculo da componente escalar da aceleração do carrinho  (ax = 1,28 m s-2) (ver nota 1)  …….. 3 pontos

Cálculo da intensidade da resultante das forças que atuam no carrinho, no intervalo de tempo considerado (F = 0,10 N) (ver nota 2)  …….. 3 pontos

Notas:

1. A apresentação do módulo da aceleração não implica qualquer desvalorização.

2. A apresentação do valor «- 0,10 N» corresponde a um erro de tipo 2.

12. (2019 – 1ªFNo salto que realizou desde a estratosfera até à Terra, Felix Baumgartner (FB) foi o primeiro homem a quebrar a barreira do som sem qualquer veículo propulsor.

Considere que a queda de FB em direção à Terra foi aproximadamente vertical.

Na Figura 5, apresentam-se, para os primeiros 100 s de queda, os gráficos do módulo da velocidade, vFB , e da altitude, h , de FB, em função do tempo, t. Na figura, está também representada uma linha a tracejado, que traduz o modo como variou o módulo da velocidade do som, vsom , ao longo da trajetória percorrida, durante aquele intervalo de tempo.

Considere que o conjunto FB + equipamento pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material) e que a variação da aceleração gravítica com a altitude é desprezável.

12.1. Qual foi o sentido da resultante das forças que atuaram sobre o conjunto FB + equipamento, nos primeiros 40 s de queda?

Resolução

O sentido da resultante das forças que atuaram sobre o conjunto FB + equipamento é o sentido de cima para baixo.

O sentido da resultante das forças é o sentido da aceleração do conjunto FB + equipamento.

Uma vez que nos primeiros 40 s de queda o módulo da velocidade aumenta, a aceleração terá de ter o mesmo sentido da velocidade.

Estando a altura a diminuir no intervalo de tempo considerado, a velocidade terá o sentido de cima para baixo. Assim, tanto a aceleração como a força resultante terão o sentido do movimento, ou seja, de cima para baixo.

Critérios

  • Sentido de cima para baixo ou sentido do movimento  ……………. 7 pontos

12.2. No intervalo de tempo [50, 60] s, o módulo da aceleração do conjunto FB + equipamento, e a intensidade da resultante das forças que nele atuaram.

(A) aumentou … aumentou

(B) aumentou … diminuiu

(C) diminuiu … diminuiu

(D) diminuiu … aumentou

Resolução

  • Opção (A)

No movimento retilíneo, o módulo da aceleração é dado pelo módulo do declive da reta tangente à curva no gráfico v =f(t).

A t = 50 s a velocidade atinge o máximo e depois, entre t = 50 s e t = 60 s, o seu módulo diminui. O conjunto FB + equipamento trava neste intervalo de tempo.

Verifica-se, assim, que entre t = 50 s e t = 60 s, o módulo do declive do gráfico v = f(t) está a aumentar, logo o módulo da aceleração aumenta.

Assim, tanto o módulo da aceleração do conjunto FB + equipamento como a intensidade da resultante das forças aumentam no intervalo de tempo considerado, uma vez que são grandezas diretamente proporcionais, de acordo com a segunda lei de Newton.

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 7 pontos

13. (2019 – 2ªFO bungee jumping é um desporto radical em que um atleta cai de uma altura apreciável, preso a um cabo elástico que, ao esticar, exerce uma força sobre o atleta.

Na Figura 5 (que não se encontra à escala), estão representadas posições de um atleta de massa 72 kg , que cai a partir da plataforma P.

Admita que o atleta inicia o seu movimento de queda vertical com velocidade inicial nula, caindo livremente até à posição R.

A partir da posição R, o cabo elástico começa a esticar, passando a exercer uma força no atleta. Na posição S, o atleta atinge a velocidade máxima, de módulo 18,7 m s-1, e, na posição T, inverte o sentido do seu movimento.

Considere o referencial Oy representado na figura.

Admita que o atleta pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material) e considere desprezáveis a massa do cabo e a força de resistência do ar.

Figura 5

13.1. À medida que o cabo estica, o seu comprimento aumenta, e a intensidade da força que o cabo exerce no atleta, Fcabo , também aumenta.

Entre a posição R e a posição T, a um aumento do comprimento do cabo de 1,0 m corresponde, em média, um aumento da intensidade daquela força de 120 N.

Determine a componente escalar da aceleração, ay, do atleta na posição T, em relação ao referencial Oy considerado.

Apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos os cálculos efetuados.

Resolução

⇒ Entre as posições R e T a intensidade da força que o cabo exerce no atleta aumenta em média na razão

⇒ Das posições R a T o cabo aumenta o comprimento em ( 6,0 + 14,5 ) m, ou seja, regista-se um aumento de 20,5 m.

Estabelecendo a proporção

  • obtém-se a intensidade da força, Fcabo = 2,46 x 103 N.

⇒ Como em R esta força é nula, conclui-se que, quando o atleta passa em T, o cabo exerce sobre ele uma força com uma intensidade de Fcabo = 2,46 x 103 N.

⇒ Como o cabo foi esticado, a força que o cabo exerce sobre o atleta tem o sentido oposto ao do movimento do atleta.

Assim, a intensidade da força resultante, FR, pode ser calculada por:

  • Fr = Fg – Fcabo ⇔ Fr = mg – Fcabo = (72 x 10 – 2,46 x 103 ) N = -1,74 x 103 N

Aplicando a segunda lei de Newton, 𝐹⃗R = 𝑚 𝑎⃗, a componente escalar da aceleração, ay, é:

Critérios

  • Etapas de resolução:

Cálculo da intensidade da força que o cabo exerce no atleta na posição T

( Fcabo = 2,46 x 103 N) …….. 3 pontos

⇒ Cálculo da componente escalar da resultante das forças que atuam no atleta na posição T

(Fy = – 1,74 x 103 N ) (ver nota) …….. 4 pontos

Cálculo da componente escalar da aceleração do atleta na posição T

(ay = -24 m s-2) …….. 3 pontos

Nota ‒ O cálculo da intensidade da resultante das forças (1,74 x 103) não implica qualquer desvalorização.

13.2. Admita que, no intervalo de tempo [1,7; 3,0] s, o módulo da velocidade, v, do atleta varia com o tempo, t, de acordo com a equação

v = 18,7 cos (1,29 t – 2,62) (SI)

na qual o ângulo (argumento do cosseno) está expresso em radianos.

Determine entre que instantes a aceleração tem o sentido do movimento.

Na sua resposta, apresente o esboço do gráfico (obtido na calculadora) que traduz o módulo da velocidade, v, do atleta em função do tempo, t, no intervalo de tempo [1,7; 3,0] s.

Mostre como chegou aos valores solicitados.

Resolução

⇒ O gráfico do módulo da velocidade em função do tempo, para o intervalo [1,7; 3,0] s, é:

A aceleração tem o mesmo sentido do movimento, o da velocidade, quando o módulo da velocidade aumentar.

⇒ No gráfico obtido, verifica-se que no intervalo de tempo considerado, o módulo da velocidade aumenta entre o instante inicial, 1,7 s, e o instante 2,0 s, em que apresenta o valor máximo (v = 18,7 m s-1).

  • Assim o intervalo de tempo em que a aceleração tem o mesmo sentido do movimento, da velocidade, é [1,7; 2,0] s.

Critérios

  • A resposta deve incluir os seguintes passos:

A) Apresentação do esboço do gráfico v (t) solicitado.

B) Indicação dos instantes entre os quais a aceleração tem o sentido do movimento (entre 1,7 s e 2,0 s).

14. (2020 – 1ªFRecriando uma das famosas experiências realizadas por Galileu, estudou-se o movimento de translação de uma esfera largada sobre um plano inclinado.

Considere que a esfera pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Admita que, em cada ensaio realizado, o módulo da velocidade da esfera aumentou proporcionalmente com o tempo decorrido e que a resultante das forças de atrito que atuaram na esfera não foi desprezável.

Qual dos diagramas pode representar, na mesma escala, as forças que atuam na esfera durante a descida no plano inclinado?

Resolução

  • Opção (A)

Na esfera atuam a força gravítica (vertical), a força normal (perpendicular ao plano inclinado) e a força de atrito (paralela ao plano inclinado).

Como a velocidade da esfera aumenta, a resultante das forças tem o sentido do movimento, logo a força de atrito é menor do que a componente da força gravítica na direção do plano inclinado.

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 10 pontos

15. (2020 – 2ªFUm automóvel encontrava-se estacionado no cimo de uma rampa, como se representa na Figura 1 (que não está à escala), quando, acidentalmente, se destravou.

Deslizou ao longo da rampa, com aceleração constante, até colidir com um motociclo que se encontrava parado.

Considere que, no movimento considerado, a resultante das forças dissipativas que atuaram no automóvel não foi desprezável, e considere que o automóvel pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Considere a força F que constitui um par ação-reação com a força normal exercida pela rampa no automóvel.

A força F está aplicada ______, sendo a sua intensidade ______ intensidade da força gravítica que atua no automóvel.

(A) na rampa … menor do que a

(B) na rampa … igual à

(C) no automóvel … menor do que a

(D) no automóvel … igual à

Resolução

  • Opção (A)

O par da força normal exercida pela rampa no automóvel é a força normal exercida pelo automóvel na rampa, logo F está aplicada na rampa.

As forças de um par ação-reação têm a mesma intensidade.

Como o movimento do automóvel é retilíneo, a resultante das forças que nele atuam tem a direção do movimento.

Assim, as forças perpendiculares à direção do movimento anulam-se, o que implica que a intensidade da força normal que a rampa exerce no automóvel seja igual à intensidade da componente da força gravítica do automóvel na direção perpendicular à rampa.

A componente de uma força, numa direção diferente da direção dessa força, é menor do que a própria força, logo F é menor do que a força gravítica exercida no automóvel.

ou

De acordo com a 3.ª Lei de Newton, como a força F é um par ação-reação com a força normal, N, exercida pela rampa no automóvel, então a força F está aplicada na rampa.

⇒ A intensidade de F é igual à intensidade da componente normal da força gravítica (F = Fg cos α), sendo α o ângulo definido pela rampa com a superfície horizontal), logo menor do que a intensidade da força gravítica.

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 10 pontos

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