Prova Escrita de Física e Química A – versão 1

Prova 715: 1.ª Fase2023


A prova inclui 16 itens, devidamente identificados no enunciado, cujas respostas contribuem obrigatoriamente para a classificação final.

Dos restantes 8 itens da prova, apenas contribuem para a classificação final os 4 itens cujas respostas obtenham melhor pontuação.

1. O relatório Nature’s Solutions to Climate Change, do Fundo Monetário Internacional, publicado em 2019, refere que uma baleia vale por milhares de árvores, no que diz respeito à captura de dióxido de carbono, CO2 (g).

As baleias alimentam-se de fitoplâncton, que é composto por seres microscópicos fotossintéticos que capturam o CO2 da atmosfera; ao fazê-lo, as baleias incorporam muito carbono no seu organismo.

Quando morrem, afundam-se no oceano, depositando, em média, o equivalente a 33 toneladas de CO2 .

1.1. Em qual das opções seguintes está representado um modelo tridimensional da molécula de CO2 ?

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

  • Opção (C)

🛑    Número de eletrões de valência na molécula de dióxido de carbono, CO2: 4 + 2 × 6 = 16 (como o elemento C é do grupo 14, o átomo de carbono tem 4 eletrões de valência; como o elemento O é do grupo 16, o átomo de oxigénio tem 6 eletrões de valência). 

🛑    Na figura, apresenta-se a estrutura de Lewis para a molécula de CO2. O átomo de carbono central está ligado a dois átomos de oxigénio e não tem pares não-ligantes. Os pares de eletrões correspondentes às ligações duplas afastam-se o mais possível de modo a minimizar repulsões entre si, o que implica uma geometria linear. 

Critérios

  • Opção (C)  ……………. 10 pontos

1.2. Qual das expressões seguintes permite calcular o volume ocupado por 33 toneladas de CO2 (M = 44,01 g mol-1), em condições PTN?

Resolução

  • Opção (B)

🛑  Cálculo da quantidade de matéria correspondente a 33 toneladas de CO2: 

🛑  Cálculo do volume ocupado pela quantidade de CO2, medido em condições PTN: 

Critérios

  • Opção (B)  ……………. 10 pontos

2. As baleias produzem sons de frequências muito variadas.

2.1. O documentário Descoberta 52: a busca da baleia mais solitária do mundo, lançado em 2021, conta a procura de uma invulgar baleia que vocalizava a 52 Hz, frequência essa maior do que a das restantes baleias.

Talvez por esse motivo não fosse «ouvida» pelas outras baleias, mesmo que se movimentassem nas mesmas águas e à mesma profundidade.

Pode concluir-se que, nessas condições, comparativamente ao som emitido pelas outras baleias, o som de 52 Hz

(A) é mais grave.

(B) se propaga com maior velocidade.

(C) apresenta igual período.

(D) tem menor comprimento de onda.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova. 

Resolução

  • Opção (D)

🛑    A «baleia mais solitária do mundo» vocaliza a uma frequência maior do que outras baleias, ou seja, o som emitido é mais agudo (menos grave).

🛑    Nas mesmas condições («nas mesmas águas e à mesma profundidade»), a velocidade de um mesmo som deverá ser a mesma.

🛑    Como a velocidade do som é praticamente independente da frequência, prevê-se que a velocidade de sons de diferentes frequências seja a mesma. A frequências diferentes correspondem períodos diferentes (o período, 𝑇, é o inverso da frequência, 𝑓). 

🛑    Para uma mesma velocidade de propagação (admite-se que não varia com a frequência), de módulo 𝑣, o comprimento de onda, 𝜆, é inversamente proporcional à frequência uma vez que 𝜆 = 𝑣/𝑓, portanto, a uma maior frequência corresponde um menor comprimento de onda. 

Critérios

  • Opção (D)  ……………. 10 pontos

2.2. Os cientistas conseguem estimar o comprimento dos cachalotes através da análise dos ultrassons que estes emitem e do cálculo do comprimento do saco de espermacete, d.

A Figura 1 é uma representação de um cachalote, na qual se evidenciam o saco de espermacete, que contém gordura, e os sacos distal e frontal, que contêm ar.

O som é produzido na parte da frente da cabeça, junto ao saco distal, e percorre a distância d. Ao chegar ao saco frontal, o som é refletido, percorrendo novamente a distância d. Quando chega ao saco distal, parte do som transmite-se para a água, formando o pulso p1, enquanto o restante é novamente refletido para o saco de espermacete, repetindo-se o processo, que acaba por formar outros pulsos (p2, p3, …).

A Figura 2 mostra o registo de uma série de pulsos de um cachalote, detetados por um hidrofone, e a respetiva escala temporal.

Considere que o módulo da velocidade de propagação do som no saco de espermacete é 1400 m s-1.

Determine o comprimento do saco de espermacete, d.

Apresente todos os cálculos efetuados.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

Determinação do intervalo de tempo médio entre dois pulsos :

O intervalo de tempo entre o instante em que é detetado o pulso p1 e o instante em que é detetado o pulso p3 (assinalado na figura com setas) pode ser obtido medindo, com uma régua, a distância entre os picos dos pulsos no gráfico.

Comparando com a distância entre os instantes 8180 ms e 8190 ms, conclui-se que são iguais.

  • que corresponde a um percurso da onda sonora igual a 2 𝑑 . 

Cálculo do comprimento do saco de espermacete, 𝑑 :

A velocidade de propagação dos ultrassons que os cachalotes emitem na água (considerado um meio homogéneo) é calculada usando a expressão: 

Critérios

Determina o valor solicitado, percorrendo as etapas seguintes:

Obtém o intervalo de tempo entre dois pulsos consecutivos (5,00 x 10-3 s) ….. 4 pontos

Calcula o comprimento do saco de espermacete (3,5 m) ………………………….. 6 pontos

3. O aço é formado, essencialmente, por ferro, Fe, e carbono, C. Para melhorar algumas das propriedades do aço, como a resistência à corrosão ou ao calor, podem adicionar-se outros elementos.

Adicionando-se cromo, Cr, obtém-se uma liga bastante resistente à corrosão atmosférica. Este aço, em contacto com o dioxigénio, O2 , presente no ar, forma uma película sólida protetora, não porosa e impermeável, maioritariamente de trióxido de dicromo, Cr2O3 .

3.1. Considere uma liga constituída por ferro, carbono e cromo.

Destes elementos, são metais

(A) Fe e C, que pertencem a diferentes períodos da tabela periódica.

(B) Fe e C, que pertencem a diferentes grupos da tabela periódica.

(C) Fe e Cr, que pertencem ao mesmo período da tabela periódica.

(D) Fe e Cr, que pertencem ao mesmo grupo da tabela periódica.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

  • Opção (C)

🛑    Na Tabela Periódica, da qual se apresenta um excerto, os não-metais indicam-se a fundo verde, localizados mais à direita, e os metais localizam-se mais à esquerda, dos quais se destacaram o cromo, Cr, e o ferro, Fe.

🛑    O carbono, C, é um não-metal, que pertence ao grupo 14 e ao 2.º período, enquanto o cromo e o ferro são metais que pertencem ao 4.º período e aos grupos 6 e 8, respetivamente. 

Critérios

  • Opção (C)  ……………. 10 pontos

3.2. Mesmo perante um dano na superfície do aço, a película de Cr2O3 autorrepara-se.

Este comportamento dinâmico de autorreparação está esquematizado na Figura 3.

Explique a resistência à corrosão atmosférica deste aço.

Na sua resposta:

– apresente a razão pela qual a película torna o aço resistente à corrosão;

– fundamente o processo de autorreparação da película, comparando o poder redutor do Fe com o do Cr.

Apresente um texto estruturado, utilizando linguagem científica adequada.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

🛑    A adição de cromo, Cr, ao aço torna esta liga bastante resistente à corrosão atmosférica, porque se forma uma película sólida, maioritariamente de trióxido de dicromo, Cr2O3 (s), que adere fortemente à superfície metálica.

🛑    Como é não porosa e impermeável, cria uma barreira protetora que impede a corrosão do aço que fica debaixo dessa camada, pois impossibilita o contacto do dioxigénio do ar com os metais da liga, evitando a sua oxidação e tornando o aço mais resistente à corrosão. 

🛑    Quando a película de Cr2O3 (s) sofre algum dano, o ferro e o cromo que constituem a liga, ficam expostos ao dioxigénio do ar, no entanto, é o cromo que sofre preferencialmente oxidação, ou seja, o cromo tem maior poder redutor do que o ferro, regenerando-se novamente a película protetora de Cr2O3 (s). 

Critérios

Elementos de resposta::

Refere que a película [de Cr2O3 ] dificulta o contacto do O2 com os metais da liga [, evitando a sua oxidação e tornando o aço resistente à corrosão];

Identifica o Cr como o metal com maior poder redutor por se oxidar, preferencialmente, formando a película  [de Cr2O3 quando ocorre um dano na superfície da liga ] .

3.3. No estado fundamental, o átomo de oxigénio, comparativamente ao átomo de carbono, apresenta um número de energias de remoção eletrónica

(A) igual e um maior número de orbitais de valência totalmente preenchidas.

(B) igual e um menor número de orbitais de valência totalmente preenchidas.

(C) diferente e um maior número de orbitais de valência totalmente preenchidas.

(D) diferente e um menor número de orbitais de valência totalmente preenchidas.

Resolução

  • Opção (A)  

  • 6C – 1s2 2s2 2px1 2px1 2pz0
  • 6O – 1s2 2s2 2px2 2px1 2pz1

(ou equivalente, dado que 2px 2py 2p. são orbitais degeneradas)

🛑    Ambos os elementos possuem três valores de energias de remoção eletrónica, por possuírem três subníveis de energia ocupados (1s, 2s e 2p).

🛑    O átomo de oxigénio possui duas orbitais de valência totalmente preenchidas (2s e 2px por exemplo), enquanto o átomo de carbono só possui uma (2s) nessas condições.

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 10 pontos

4. Um objeto sólido, a uma dada temperatura, é introduzido num recipiente isolado termicamente, completamente cheio de água líquida a uma temperatura inferior à do objeto.

Após um determinado intervalo de tempo, a água e o sólido atingem o equilíbrio térmico.

Esta experiência é repetida com um segundo objeto sólido, que apresenta a mesma massa.

Admita, para as duas experiências, que:

– não ocorrem mudanças de estado físico;

– as massas da água são iguais.

A Figura 4 representa os gráficos da temperatura, θ, dos objetos e da água, em função do tempo, t , para cada uma das experiências, numa mesma escala.

Conclua, justificando, qual dos dois objetos (1 ou 2) apresenta maior capacidade térmica mássica.

Apresente um texto estruturado, utilizando linguagem científica adequada.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

Desprezando a capacidade térmica do recipiente onde se encontra água e onde vai ser introduzido o objeto sólido e considerando o sistema isolado, podemos afirmar que a diminuição de energia interna do objeto é igual ao aumento da energia interna da água, o que pode ser representado simbolicamente por: 

Δ𝑈água = −Δ𝑈objeto 

Como não ocorrem mudanças de estado físico, a variação de energia interna da água e a variação de energia do objeto são dadas, respetivamente, por: 

🛑    Δ𝑈água = 𝑚água 𝑐água Δ𝜃água

🛑    Δ𝑈objeto = 𝑚objeto 𝑐objeto Δ𝜃objeto 

Considerando que as massas de água são iguais e que as dos objetos são iguais, para cada uma das experiências, temos: 

🛑    𝑚água 𝑐água Δ𝜃água 1 = – 𝑚objeto 𝑐objeto 1 Δ𝜃objeto 1

🛑    𝑚água 𝑐água Δ𝜃água 2 = – 𝑚objeto 𝑐objeto 2 Δ𝜃objeto 2

Considerando a figura e comparando os gráficos referentes à água nas duas experiências, conclui-se que:

 Δ𝜃água 1 < Δ𝜃água 2
𝑐objeto 1 Δ𝜃objeto 1 < 𝑐objeto 2 Δ𝜃objeto 2

Considerando a figura e comparando os gráficos referentes aos objetos nas duas experiências, conclui-se que:

Δ𝜃objeto 1 > Δ𝜃objeto 2
𝑐objeto 1 < 𝑐objeto 2

Critérios

Elementos de resposta:

Refere que, nas duas experiências, o módulo da energia cedida pelo objeto é igual à energia absorvida pela água (ou equivalente);

Refere que, para as mesmas condições iniciais da água [massa e temperatura], nas duas experiências, há uma maior transferência de energia do objeto 2 para a água, uma vez que a temperatura de equilíbrio térmico atingida é superior na experiência 2 (ou equivalente);

Conclui que, para as mesmas condições iniciais dos objetos [massa e temperatura], nas duas experiências, como a temperatura de equilíbrio térmico atingida pelo objeto 2 é superior à do objeto 1 [ Δθobjeto 2 < Δθobjeto 1 ], então a capacidade térmica mássica do objeto 2 é maior do que a do objeto 1 (ou equivalente).

 

5. A Figura 5 ilustra um prédio que tem três lanços de escadas, cada um com 2,80 m de altura, e um elevador cuja cabina tem 300 kg de massa.

Para se deslocar do rés do chão (r/c) até ao 3.º andar, uma pessoa de massa 75 kg pode utilizar o elevador ou as escadas.

Admita que:

– a pessoa e o conjunto pessoa + cabina são sistemas redutíveis ao seu centro de massa (modelo da partícula material);

– o solo é o nível de referência da energia potencial gravítica.

Considere o referencial Oy representado na figura.

5.1. Qual é a razão entre as variações das energias potenciais gravíticas do conjunto pessoa + cabina + Terra, no trajeto pelo elevador, e do conjunto pessoa + Terra, no trajeto pelas escadas, do rés do chão até ao 3.º andar?

(A) 1

(B) 0,2

(C) 4

(D) 5

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

  • Opção (D)

A equação que permite determinar a variação de energia potencial gravítica para um sistema objeto + terra, vizinhança da superfície  da terra é:

🛑    ΔEpg = 𝑚 g Δh

Considerando o solo o nível de referência para a energia potencial gravítica:

Critérios

  • Opção (D)  ……………. 10 pontos

5.2. De elevador, o percurso do rés do chão até ao 3.º andar demora 10,0 s.

Admita que o elevador se desloca, durante o primeiro segundo de movimento, com uma aceleração cuja componente escalar é positiva. No instante 1,0 s, atinge a velocidade máxima, que mantém durante 8,0 s. Dos 9,0 s até aos 10,0 s, o elevador desloca-se com uma aceleração cuja componente escalar é negativa, até parar.

Considere que o módulo da aceleração é constante durante o primeiro e o último segundos de movimento.

5.2.1. Determine o módulo da velocidade máxima que o elevador atinge.

Apresente todos os cálculos efetuados.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

🛑    O movimento do elevador é uniformemente acelerado de 𝑡 = 0,0 s a 𝑡 = 1,0 s

🛑    O movimento do elevador é uniforme com velocidade máxima (vmáx) de 𝑡 = 1,0 s a 𝑡 = 9,0 s

🛑    O movimento do elevador é uniformemente retardado de 𝑡 = 9,0 s a 𝑡 = 10,0 s

  •  Δ𝑦3 = Δ𝑦1

uma vez que nos dois intervalos de tempo correspondentes ocorre igual variação de velocidade, em módulo (|Δ𝑣| = 𝑣max), em igual intervalo de tempo (Δ𝑡 = 1,0 s). 

Como a distância percorrida pelo elevador do rés do chão ao 3.º andar é:

  • 2,80 m × 3 = 8,40 m

ou

Considerando que o movimento se dá apenas na vertical (sendo, portanto, unidimensional) e que no primeiro e último segundos do movimento de subida do elevador o movimento é uniformemente variado (a velocidade varia linearmente com o tempo) e entre os instantes 1 s e 9 s o movimento do elevador é uniforme (a velocidade é constante), tem-se: 

Determinação do percurso do rés do chão até ao 3.º andar efetuado pelo elevador: 

Considerando que a altura de cada piso é de hpiso = 2,80 m, o percurso efetuado pelo elevador, Δ𝑦 é dado por:

  • Δ𝑦 =3 × hpisoΔ𝑦 = 3 × 2,80 mΔ𝑦 = 8,40 m 

Determinação do módulo da velocidade máxima (𝑣máx): 

Considerando o gráfico ( 𝑡, 𝑣𝑦) e sabendo que a área desse gráfico é numericamente igual ao deslocamento, vem: 

Critérios

Determina o valor solicitado, percorrendo as etapas seguintes:

Obtém, a partir das equações do movimento, o deslocamento no 1º segundo de movimento em função de vmáxima (Δy1 = 0,5 vmáxima) ver nota ………. 2 pontos

Obtém, a partir das equações do movimento, o deslocamento durante os 8 s de movimento uniforme em função de vmáxima (Δy2 = 0,8 vmáxima) ver nota ………. 2 pontos

Obtém, a partir das equações do movimento, o deslocamento no último segundo de movimento em função de vmáxima (Δy3 = 0,5 vmáxima) ver nota ………. 2 pontos

Obtém uma relação entre o deslocamento total e a velocidade máxima que o elevador atinge (3 x 2,80 = 0,5 vmáxima + 8,0 vmáxima + 0,5 vmáxima) ………. 2 pontos

Calcula o módulo da velocidade máxima que o elevador atinge (0,93 m s-1) ………. 2 pontos

Nota: A ordem das três primeiras etapas é arbitrária.

5.2.2. Qual das opções seguintes corresponde ao esboço do gráfico da intensidade da força, N, que o elevador exerce sobre a pessoa, em função do tempo, t?

Resolução

  • Opção (B)

🛑    Na pessoa, atuam duas forças de direção vertical e de sentidos opostos:

  • a força exercida pelo elevador, 𝑁⃗⃗ , de baixo para cima,
  • a força gravítica exercida pela Terra, 𝑃⃗ , de cima para baixo. 

🛑    No primeiro segundo, como a pessoa acelera, a resultante das forças que atuam na pessoa tem o sentido do movimento, de baixo para cima, logo, |𝑁⃗⃗ | > |𝑃⃗ | . 

🛑    Entre 𝑡 = 1,0 s e 𝑡 = 9,0 s, como a velocidade é constante, a resultante das forças que atuam na pessoa é nula, logo, |𝑁⃗⃗ | = |𝑃⃗ | . 

🛑    No último segundo, como a pessoa trava, a resultante das forças que atuam na pessoa tem o sentido oposto ao do movimento, de cima para baixo, logo, |𝑁⃗⃗ | < |𝑃⃗ | . 

Critérios

  • Opção (B)  ……………. 10 pontos

5.3. No interior do elevador, uma pessoa observa-se ao espelho. Este encontra-se disposto numa posição inclinada, fazendo um ângulo de 80º com a base do elevador, como se representa na Figura 6.

Dois raios luminosos são refletidos no espelho e atingem os olhos da pessoa.

O ângulo de incidência do raio que dá origem ao raio refletido (1), paralelo ao solo, é de …

(A)  40º e é maior do que o ângulo de incidência do raio (2).

(B)  10º e é maior do que o ângulo de incidência do raio (2).

(C)  10º e é menor do que o ângulo de incidência do raio (2).

(D)  40º e é menor do que o ângulo de incidência do raio (2).

Resolução

  • Opção (C)

🛑    As amplitudes dos ângulos de incidência e de reflexão são iguais. Esses ângulos são medidos entre os raios incidente e refletido com as normais ao espelho no ponto de incidência (linhas a tracejado na figura). 

🛑    O raio 1, paralelo ao chão, faz 80° com o espelho, logo, (90−80)° = 10° com a normal ao espelho. A amplitude do ângulo de reflexão coincide com a do ângulo de incidência, sendo ambas de 10°. 

🛑    Como o raio 1 faz um maior ângulo com o espelho do que o raio 2, a amplitude do ângulo de reflexão do raio 1 é menor do que a do raio 2 (ângulos com a normal ao espelho), logo, também a amplitude do ângulo de incidência do raio que origina o raio 1 é menor do que a do raio que origina o raio 2. 

Critérios

  • Opção (C)  ……………. 10 pontos

5.4. Durante uma falha de eletricidade no prédio, uma pessoa desce as escadas com uma lanterna a pilhas ligada.

5.4.1. No circuito elétrico da lanterna, o sentido real da corrente elétrica é do polo

(A) positivo para o polo negativo da pilha, e a corrente é alternada.

(B) positivo para o polo negativo da pilha, e a corrente é contínua.

(C) negativo para o polo positivo da pilha, e a corrente é alternada.

(D) negativo para o polo positivo da pilha, e a corrente é contínua.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

  • Opção (D)

🛑    Uma pilha é um gerador eletroquímico, pelo que a corrente é contínua.

🛑    No circuito elétrico da lanterna, o sentido real da corrente elétrica é o sentido do movimento orientado dos eletrões.

🛑    No circuito elétrico da lanterna, o sentido real da corrente elétrica é do polo negativo para o polo positivo da pilha.

Critérios

  • Opção (D)  ……………. 10 pontos

5.4.2. O gráfico da Figura 7 traduz a curva característica da pilha usada na lanterna.

Qual das opções seguintes pode representar as características desta pilha (ε e r)?

(A) 5,5 V e 1,3 Ω

(B) 5,5 V e 2,3 Ω

(C) 5,0 V e 1,3 Ω

(D) 5,0 V e 2,3 Ω

Resolução

As características de uma pilha são:

  • a força eletromotriz (diferença de potencial elétrico nos terminais da pilha em circuito aberto, ou seja, quando I = 0 A)
  •  a resistência interna.

A equação da linha de ajuste ao gráfico ( I ; U ), tem a forma:

🛑    U = εrI

  • ε → é a força eletromotriz
  • r → é a resistência interna

Considerando os pontos da linha de ajuste de coordenadas:

  • (0,40 A ; 5,0 V)
  • (1,00 A ; 4,2 V)

O declive dessa linha é dado por:

Fazendo I = 0,40 A e U = 5,0 V, fica:

  • Prolongando a linha de ajuste, obtém-se a ordenada na origem, ε

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 10 pontos

5.5. No pátio do prédio, uma pessoa testa os ressaltos de uma bola de ténis.

A bola de ténis é abandonada de uma altura, h, relativamente ao solo, originando vários ressaltos.

Admita que:

– a trajetória da bola é retilínea;

– a resistência do ar é desprezável;

– a bola pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material);

– o solo é o nível de referência da energia potencial gravítica.

Considere que, em cada ressalto, 50% da energia cinética da bola é dissipada no impacto com o solo.

Qual das expressões seguintes permite calcular a altura máxima atingida pela bola após o segundo ressalto?

Resolução

  • Opção (C)

Uma vez que a resistência do ar é desprezável (bem como a impulsão do ar) durante o movimento de queda e o movimento de subida, a única força que atua sobre a bola é a força gravítica (o trabalho realizado pela força gravítica é igual ao simétrico da variação da energia potencial gravítica).

Quando a bola parte do repouso de uma altura h (Epg = m g h), atinge o pavimento com uma energia cinética dada por:

  • Ec = ½ m v2

o que é igual à energia potencial gravítica inicial

  • Epg = m g h 

Como durante a 1.ª colisão com o pavimento do pátio do prédio 50% da energia cinética da bola é dissipada, a energia cinética com que a bola parte do solo é dada por:

  • E’c = 0,50 × Ec = 0,50 x m g h

Depois da 1.ª colisão, e uma vez que durante a subida há conservação da energia mecânica:

  • E’Pg = E’c = 0,50 x m g h

A altura máxima atingida pela bola será dada por:

  • h’ = 0,50 × h

Efetuando o mesmo raciocínio para a 2.ª colisão, conclui-se:

  • h” = 0,50 x 0,50 x h h” = h/4

Critérios

  • Opção (C)  ……………. 10 pontos

6. O ácido nítrico, HNO3 (aq ) (M = 63,02 g mol-1), é considerado um ácido forte, sendo bastante corrosivo.

É um dos compostos químicos mais produzidos mundialmente. Desde 1902, é preparado industrialmente em três etapas sequenciais (processo de Ostwald):

Etapa I) Combustão do amoníaco, NH3 (M = 17,04 g mol-1), para formar monóxido de nitrogénio, NO.

4 NH3 (g) + 5 O2 (g) → 4 NO (g) + 6 H2O (g)

Etapa II) Oxidação do NO a dióxido de nitrogénio, NO2 .

2 NO (g) + O2 (g) → 2 NO2 (g)

Etapa III) Reação do NO2 com água, para formação de HNO3 .

3 NO2 (g) + H2O (l) → 2 HNO3 (aq) + NO (g)

6.1. Complete o texto seguinte, fazendo corresponder a cada letra o número da opção correta.

Escreva, na folha de respostas, cada uma das letras seguida do número que corresponde à opção selecionada.

A cada letra corresponde um só número.

A molécula de NH3 tem __ (a)__ eletrões de valência, sendo __ (b)__ o número de eletrões não-ligantes, o que lhe confere uma geometria __ (c)__ .

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

(a)(2)

(b)(1)

(c)(2)

🛑    Número de eletrões de valência na molécula de NH3: 5 + 3 × 1 = 8 (como o elemento N é do grupo 15, o átomo de nitrogénio tem 5 eletrões de valência; o átomo de hidrogénio tem 1 eletrão de valência). 

🛑    Na figura, apresenta-se a estrutura de Lewis da molécula de NH3. 

🛑    O átomo central, N, forma três ligações covalentes simples e tem um par de eletrões de valência não-ligante (2 eletrões não-ligantes).

🛑    A minimização das repulsões entre os quatro pares de eletrões de valência implica uma geometria piramidal trigonal. 

Critérios

(a)(2)

(b)(1)

(c)(2)

6.2. Os números de oxidação do nitrogénio nos compostos NH3 e HNO3 são, respetivamente,

(A) 3 e 5.

(B) 3 e 4.

(C) -3 e 5.

(D) -3 e 4.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

  • Opção (C)  

A soma dos números de oxidação, n.o., dos átomos em uma molécula é nula. Assim, sendo +1 o número de oxidação do H e −2 o número de oxidação do O, tem-se: 

🛑    NH3 n.o.(N) + 3 × (+1) = 0 n.o.(N) = −3 

🛑    HNO3 +1 + n.o.(N) + 3 × (−2) = 0n.o.(N) = +5 

Critérios

  • Opção (C)  ……………. 10 pontos

6.3. Considere que, nas duas primeiras etapas do processo de Ostwald, se dá a conversão completa dos reagentes em produtos e que a terceira etapa tem um rendimento de 75%.

Determine a massa de NH3 , em kg , necessária para produzir 1200 toneladas de HNO3 .

Apresente todos os cálculos efetuados.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

A massa de HNO3 obtida, 1200 × 103 kg, é uma fração da massa de HNO3 prevista com base na estequiometria:

De acordo com a estequiometria:

🛑    etapa I, 1 mol de NH3 (g) originaria 1 mol de NO (g);

🛑    etapa II, 1 mol de NO (g) originaria 1 mol de NO2 (g);

🛑    etapa III, 1 mol de NO2 (g) originaria 2/3 mol de HNO3 ;

  • conclui-se que 1 mol de NH3 (g) (17,04 g) teria originado 2/3 mol de HNO3 (2/3 × 63,02 g = 42,01 g). 

A massa prevista de HNO3 1,6 × 106 kg, a massa de NH3 necessária, de acordo com a estequiometria, seria:

ou

Cálculo da quantidade de matéria que se obtém de HNO3:

Cálculo da quantidade de HNO3 prevista com base na estequiometria (que se obteria se o rendimento fosse 100%):

Cálculo da quantidade de NO2, na etapa III, para originar 2,54 × 107 mol de HNO3: 

  • 3 mol de NO2 é estequiometricamente equivalente a 2 mol de HNO3

Cálculo da quantidade de NO, na etapa II, para originar 3,81 × 107 mol de NO2: 

  • 2 mol de NO é estequiometricamente equivalente a 2 mol de NO2, logo, para produzir 3,81×107 mol de NO2 são requeridas 3,81×107 mol de NO. 

Cálculo da quantidade de NH3 necessária, na etapa I, para originar 3,81 × 107 mol de NO: 

  • 4 mol de NH3 é estequiometricamente equivalente a 4 mol de NO, logo, para produzir 3,81 × 107 mol de NO tem de se dispor de 3,81 × 107 mol de NH3, o que permite calcular a massa de NH3 utilizada:

Critérios

Determina o valor solicitado, percorrendo as etapas seguintes:

Calcula a quantidade de HNO3 que seria obtida se o rendimento fosse de 100% (2,54 x 107 mol) ………. 3 pontos

Calcula a quantidade de NO2 necessária na etapa III (3,81 x 107 mol) ………. 3 pontos

Relaciona as quantidades de NO2, de NO e de NH3, obtendo a massa necessária de NH3  (6,5 x 105 kg) ………. 3 pontos

6.4. De acordo com os princípios da química verde, que apela à sustentabilidade dos processos químicos industriais, na obtenção de HNO3 pelo processo de Ostwald, seria vantajoso reutilizar o NO resultante da

(A) etapa III na etapa I.

(B) etapa III na etapa II.

(C) etapa I na etapa II.

(D) etapa I na etapa III.

Resolução

  • Opção (B)

🛑    Na obtenção de HNO3 pelo processo de Ostwald, é vantajoso reutilizar o NO (g) resultante da etapa III na etapa II (em que o NO (g) é reagente), pois permitirá a redução ou eliminação de um subproduto (NO (g)) prejudicial para a saúde e para o ambiente.

  • O NO (g) é um poluente atmosférico que pode originar chuvas ácidas. 

Critérios

  • Opção (B)  ……………. 10 pontos

7. Numa titulação, a 25 ºC, 10,00 mL de uma solução diluída de ácido nítrico, HNO3 (aq ) (M = 63,02 g mol-1), foram titulados com uma solução padrão de hidróxido de sódio, NaOH (aq), de concentração 0,100 mol dm-3.

A reação que ocorre pode ser traduzida por

HNO3 (aq) + NaOH (aq) → NaNO3 (aq) + H2O (l)

O volume de base gasto até se atingir o ponto de equivalência (p.e.) foi 13,80 mL.

7.1. A medição do volume gasto de NaOH foi realizada recorrendo a uma _______ , tendo sido registada uma incerteza de leitura de ______.

(A) bureta … 0,05 mL

(B) bureta … 0,5 mL

(C) pipeta volumétrica … 0,05 mL

(D) pipeta volumétrica … 0,5 mL

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

  • Opção (A)

🛑    A medição de volumes que exigem maior exatidão podem ser efetuadas com uma pipeta volumétrica ou uma bureta.

🛑    A pipeta volumétrica mede apenas um volume fixo, a bureta, que possui uma escala, permite a adição gradual do titulante, solução de concentração conhecida (solução-padrão de NaOH). 

🛑    Numa medição, por mais rigoroso que seja o instrumento utilizado, há sempre uma incerteza associada. Na medição do volume de titulante gasto, 13,80 mL, todos os algarismos são exatos, com exceção do que se encontra mais à direita, designado por duvidoso ou incerto. 

Pode considerar-se a incerteza de uma leitura na bureta como metade da menor divisão da escala:

  • 0,1 mL/2 = 0,05 mL  

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 10 pontos

7.2. Selecione a opção que apresenta o esboço do gráfico que representa a curva da titulação, a 25 ºC.

Resolução

  • Opção (A)

🛑    A curva de titulação é o gráfico que representa a variação do valor de pH da solução resultante da titulação em função do volume de titulante adicionado.

🛑    O ponto de inflexão da curva de titulação corresponde ao ponto de equivalência, ou seja, onde não há excesso nem de ácido nem de base em solução, o que se verificou após a adição de 13,80 mL de titulante.

🛑    Após essa adição, tem-se uma solução aquosa do sal que se formou na reação de neutralização, que neste caso, é uma solução neutra, pH = 7, atendendo ao facto de se tratar de uma reação entre uma solução de ácido forte, HNO3 (aq), e uma solução de base forte, NaOH (aq). 

Critérios

  • Opção (A)  ……………. 10 pontos

7.3. A solução aquosa diluída de HNO3 foi preparada a partir de uma solução concentrada do mesmo ácido ( ρ = 1,260 g cm-3 e 35%, em massa).

Determine a razão entre as concentrações das duas soluções aquosas de HNO3, a concentrada e a diluída.

Apresente todos os cálculos efetuados.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

Concentração da solução diluída: 

  • A concentração da solução diluída pode ser obtida pela titulação realizada, onde o titulante e o titulado se encontram na proporção de 1:1. No ponto de equivalência, onde nem a base nem o ácido se encontram em excesso, teremos a mesma quantidade dos dois reagentes: 

Concentração da solução concentrada: 

  • Como a solução concentrada apresenta uma fração de 35% em massa, retira-se que por 100 g da solução existem 35 g de HNO3, o que corresponde a uma quantidade de

Como esta quantidade de soluto existe em 100 g de solução, pela sua massa volúmica poder-se-á determinar o volume da solução: 

Poderemos, então, calcular a concentração do ácido original (concentrado):

Cálculo da razão entre as duas concentrações (fator de diluição):

Critérios

Determina o valor solicitado, percorrendo as etapas seguintes:

Calcula a concentração da solução aquosa concentrada de HNO3 (7,00 mol dm-3) ver nota ………. 4 pontos

Calcula a concentração da solução aquosa diluída de HNO3 (0,138 mol dm-3) ver nota ………. 4 pontos

Calcula a razão entre as concentrações das duas soluções aquosas de HNO3, concentrada e diluída (51)  ………. 2 pontos

Nota: A ordem das duas primeiras etapas é arbitrária.

8. Na Antártida, um meteorito de 12 kg , à temperatura de 3100 ºC, enterra-se num bloco de gelo de grandes dimensões com uma velocidade de 10 km s-1, em módulo.

Admita que:

– o bloco de gelo se encontra à temperatura de 0 ºC;

– toda a energia cinética do meteorito é utilizada para fundir gelo do bloco;

– a capacidade térmica mássica do material que constitui o meteorito é 830 J kg-1 K-1;

– a temperatura de fusão do gelo é 0 ºC;

– a variação de entalpia (mássica) de fusão do gelo é 3,34 x 105 J kg-1.

Determine a massa de gelo que se funde, considerando que, no final, o sistema meteorito + bloco de gelo se encontra a 0 ºC.

Apresente todos os cálculos efetuados.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

Cálculo da energia cinética do meteorito no instante em que se inicia a colisão com o grande bloco de gelo, que se considera que se mantém parado: 

  • 𝐸c meteorito = ½ 𝑚 𝑣2 = 12 × 12 × (10 × 103)2 = 6,00 × 108 J 

Cálculo da variação de energia interna do meteorito: 

  • Δ𝑈 = 𝑚 × 𝑐 × Δ𝜃 = 12 × 830 × (0 − 3100) = −3,0876 × 107 J 

Cálculo da variação de energia interna da amostra de gelo que funde: 

Considerando o o sistema meteorito + bloco de gelo isolado, vem:

  • Δ𝑈gelo = |Δ𝐸c meteorito| + |Δ𝑈meteorito| + |Δ𝐸pg meteorito| = |0 − 60,0 × 107| + |−3,0876 × 107| + | 0 |  ⇔ Δ𝑈gelo = 63,1 × 107 J 

Cálculo da massa da porção de gelo que funde: 

Uma vez que se considera que a temperatura dessa amostra se mantém a 0 ℃, havendo apenas fusão do gelo, temos: 

  • Δ𝑈gelo = 𝑚gelo × Δhfusão da água  63,1 × 107 = 𝑚gelo × 3,34 × 105 ⇔ 𝑚gelo =1,9 × 103 kg 

em que Δhfusão da água é a variação de entalpia mássica de fusão da água. 

Critérios

Determina o valor solicitado, percorrendo as etapas seguintes:

Calcula a energia transferida para o gelo sob a forma de calor (3,1 x 107 J) ver nota ………. 3 pontos

Calcula a energia transferida para o gelo proveniente da energia cinética do meteorito (6,0 x 108 J) ver nota ………. 3 pontos

Calcula a massa de gelo que se funde (2 x 103 kg)  ………. 4 pontos

Nota: A ordem das duas primeiras etapas é arbitrária.

9. Considere a informação dada nas seguintes tiras de uma banda desenhada de ficção científica.

Admita que o planeta é esférico e de densidade uniforme.

Determine, a partir dos dados fornecidos na banda desenhada, a massa do planeta. Apresente todos os cálculos efetuados.

A pontuação obtida na resposta contribui obrigatoriamente para a classificação final da prova.

Resolução

Determinação da magnitude da aceleração com que caem o martelo e a pena, quando largadas de uma posição que dista 1,60 m da superfície do hipotético planeta, considerando que o respetivo movimento é retilíneo uniformemente acelerado: 

  • 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + ½ 𝑎𝑦 𝑡2 0 = 1,60 + ½ 𝑎𝑦 1,72 ⇔ 𝑎𝑦 = − 1,11 m s−2 

Determinação da magnitude da aceleração gravítica à superfície do hipotético planeta. 

Considerando que a resistência da atmosfera do planeta é desprezável (o martelo e a pena, largados em simultâneo da “mesma posição”, atingem a superfície do planeta no mesmo instante) e que a distância percorrida na queda é muito pequena quando comparada com a distância ao centro do planeta, pode considerar-se que a aceleração gravítica à superfície do planeta é a aceleração do movimento.

  •  𝑔 = 1,11 m s−2 

Determinação do raio do hipotético planeta. 

Considerando o percurso efetuado pelo astronauta, pode-se determinar o raio do planeta.

  • 50 × 103 = 2 π 𝑟planeta ⇔ 𝑟planeta = 7,96 × 103 m 

Determinação da massa do planeta hipotético.

Considerando que a única força que atua sobre os objetos em queda é a a força gravitacional e que todo o movimento decorre numa região muito pequena à superfície do planeta, usando a Lei da Gravitação Universal de Newton vem:

Critérios

Determina o valor solicitado, percorrendo as etapas seguintes:

Calcula o módulo da aceleração gravítica de um corpo à superfície do planeta (1,11 m s-2) ………. 5 pontos

Calcula a massa do planeta (1,1 x 1018 kg) ………. 5 pontos

FIM

Notas de Imprensa:

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